quinta-feira, abril 14, 2022

 Acabei mudando o layout pra um pré definido do Blogger por motivos de:

 - Preguiça de editar o código

 - Caixa de comentários (o Haloscan não existe mais e todos os comentários de 2004 pra cá foram pro saco)

A hora que der eu faço um layout bacanudo.

PRAVDA VIDEZ, 18 ANOS, FESTA EM BREVE

 PESSOAL, AGORA QUE EU ME TOQUEI QUE ESSE BLOG AQUI VAI FICAR MAIOR DE IDADE NESTE ANO.


Precisamente no dia 16 de julho.


Julho é um mês que recentemente ficou da hora pra mim, pois em 26 de julho do ano passado (2021), em plena pandemia de corongavírus, do alto dos meus 40 (!) anos, ME TORNEI PAPAI! De um menino lindo, brincalhão, curioso e sorridente.


Aí o pessoal pode falar mais ou menos assim: poxa, com esse mundo doido, como que você vai me colocar uma criança no mundo? 


Mano.


Na boa, apesar de toda esta merda que vivemos hoje em dia (ultraliberalismo, governo do inominável, inflação, guerra etc etc etc), na minha humilde opinião, é a melhor época para se viver.


Temos toda a informação que precisamos na ponta dos dedos - é só saber filtrar. Use o seu cérebro de 4.5 bilhões de anos de evolução.


Temos água tratada, temos medicina avançada (e, especialmente, aqui no hospício BR temos o SUS), vacinas para quase toda moléstia...


E o mais importante: temos uma molecadinha aí que já está sendo criada com uma consciência ambiental diferenciada da nossa. 


Pega a galera da minha geração (nascido nos fins dos 70 e comecinho dos 80) e uma geração depois (fins dos 80 e comecinho dos 90). Nós fomos educados pra entender que os recursos são ilimitados. Tinha muito menos gente no mundo. E tinha muito menos informação disponível (basicamente as únicas vias de informação eram rádio, TV, jornais e revistas).


Hoje em dia temos muito avanço nisso tudo. Claro que a vasta privada internetal 3.0 (mais conhecida como "redes sociais") acabou agregando gente de pino solto pelo mundo afora, e é triste ver como tem gente jovem (da minha geração e até de uma ou duas gerações depois) sendo reacionárias aos avanços sociais, de gênero, de questão LGBT+ e et coetera. 


Porém essa galera boomer, uma hora, vai pro saco. E vai ficar a molecadinha nova que está sendo criada nessa ideia de respeito ao meio ambiente, respeito às diferenças (que, quer você queira ou não, sempre existiram na natureza), respeito ao próximo.


E, por isso, eu fico extremamente feliz de pensar: SOU PAPAI! 


E vou tentar criar e educar o meu filho em um ambiente de respeito e acolhimento, para que ele não precise tanto de terapia como eu (que continuo fazendo terapia aos 40 anos).

sexta-feira, outubro 23, 2020

VOLTEI, PORRA!

 CONSEGUI RECUPERAR A SENHA!!!!!!!!!!!!!

Vou começar a acertar o layout e organizar os posts.

Tem umas coisas que deixei em http://soterror5.blogspot.com porque não conseguia recuperar aqui. Acessa lá, logo eu coloco tudo por aqui!!

domingo, fevereiro 19, 2012

Transcendental

E quem diria que, ao terminar Física, não teria mais vontade de destruir o mundo?
Mundo este miserável, que nunca me pertenceu, e que nunca me teve. Não sou um mísero verso em um livro revolucionário.
Eu, miserável na minha existência como humano, mas não como ser pensante. E quem diria, Marx, Tesla, Aristóteles, que iríamos nos encontrar? Chico e Bukowski, que poderíamos tomar um gole de sabedoria infinita marejada a destilado?
Quem diria que não seria mais necessária a coexistência idiossincrática da classe C que insiste em viver nos supermercados da vida e nos escrotórios, atrás de algo que nunca lhes pertenceu? Perene, voando por sobre as nuvens que, em nossos dias miseráveis de folga, insistimos em dar formas?
Quem???
Liberto das suas amarras, te convido a vir aqui, subir, comigo, onde ninguém, a não ser os pássaros e os jatos, ousaram visitar. De onde posso, finalmente, ver, sentir e dizer, não quero e não preciso mais de você.

Pura, simples e minimalistamente telepata. Sem mais querer sacudir o mundo.

Mas... pra que dizer, tentar falar e escrever?

A fonética e a gramática já ficaram pra trás!

Ah... porra de simbologia antiquada!!!!!!

terça-feira, julho 24, 2007

Alimentar o dinossauro está nos custando muito caro. Até agora, 352 pra casa do caralho.


O que fazer para matar o dinossauro?

quinta-feira, abril 06, 2006

à puta que o pariu

Faz tempo que eu não escrevo aqui nessa merda mesmo. Desestímulo, sei lá. É o que eu vejo e sinto diante de um monte de merdas que leio todo dia em tudo quanto é mídia (seja o orkut, jornais, revistas e o caralho a quatro). Um bando de pessoas escrevendo tudo errado e trocando letras, coisas que o Cebolinha teria uma síncupe se começasse a ler, mesmo com suas trocas de R por L. Mensagens do peixinho, editoriais manipulados e falácias, pesquisas no Google que retornam merdas e mais merdas na vasta privada internetal, SPAM, senso comum demais e a porra toda que cansa e revolta até o último cabelo do cu.

Pra que toda essa tecnologia se o pessoal não sabe usar?

Por que diabos o pessoal não busca informação pra, pelo menos, escrever direito? E não são ignorantes. Não sãso miseráveis que não tem estudo. Eu me revoltei ontem quando uma pessoa me perguntou como se escreve "tchau". Acho que é o fim do mundo.

Eu gostaria de dar minha contribuição para um mundo melhor, basta seguirem minhas dicas:

- Assistam menos TV;
- Leiam de vez em quando, jornais, revistas e livros;
- Consultem um dicionário;
- Não troquem as letras para tornar as palavras mais rápidas de escrever, ou por que fica bonitinho;
- "Mas" é conjunção; "mais" é advérbio de intensidade. Pelo amor de Deus.

Quando eu nasci o mundo já era uma merda. Quero morrer pelo menos sabendo que o mundo que deixei está um pouco menos pior.

sábado, dezembro 10, 2005

quinta-feira, julho 07, 2005

como diz a música

Dado tudo o que ocorreu nos últimos dois meses, que uns já sabem e outros não (mas isso não importa, pois, na mais maquiavélica das interpretações, os fins justificaram os meios), bem, sem me perder e cometer erros ortográficos, rodei o mundo e vi muita coisa.

Vi os lugares, mas eles estavam lá, imóveis, como querendo fazer parte de uma história.

Perguntei às pessoas, mas elas não me responderam. Sim, falaram, mas não disseram nada.

Vi que, por mais que se faça e pense, tudo está dentro da cabeça. Se você transporta seu mundo junto contigo, nada muda.

Por isso que, no retorno da viagem, esqueci de propósito a bagagem na esteira do aeroporto. E sem etiquetas.

E, como diz a música: every new beginning comes from some other beginning's end. Mas não é um recomeço, são vários.

sábado, julho 02, 2005

Uma coisa que sempre digo... ser cavalheiro não é o mesmo que ser idiota. E ser legal não é o mesmo que ser burro.

Mas tem gente que confunde as coisas. Sei lá.

Sim, escondam as crianças atrás da porta e os bichos debaixo do sofá. Eu voltei.

quarta-feira, maio 18, 2005

pós-conceito

"Insanidade é fazer as coisas sempre do mesmo jeito e esperar resultados diferentes." (Albert Einstein)

Isto posto, mudei.

Sinto um turbilhão de coisas. Algo que completa e confunde ao mesmo tempo. Nada de novo, poderiam dizer os mais céticos, mas uma extensão de tudo o que se trabalhou para tanto.

Novidade é um conceito relativo. E, se eu dissesse que felicidade é novidade para minha humilde pessoa, estaria corroborando um conceito de infeliz crônico que não condiz com a verdade. Hesitante e desconfortável, em alguns momentos? Claro, todos precisam da desordem, do caos instaurado, pra achar a ponta do iceberg que emerge do vasto oceano de dúvidas. A pequena nesga de auto-estima a ser trabalhada.

Isso é o preceito básico. Aliás, isso é tudo. Não adianta ter convicção sem ter auto-estima. A forcinha que o empurrará e o guiará pelos labirintos muitas vezes escuros e úmidos da vida, até instintivamente,para a saída onde se pode ver o sol brilhar e o ar afável com cheiro de terra molhada da manhã.

Aí, meu caro, quando chegares a este ponto, já será tarde demais. Megalomania será apenas transcrição literária de algo inventado pelo homem para difamar os que querem mais. E, literalmente, sacudirás o mundo.

E não será necessária explicação.

Muito menos palavras. Ah... essa simbologia antiquada.

segunda-feira, abril 11, 2005

kill the cow

Certo tempo atrás (eu não sei pois não era nascido), em um país distante, havia uma aldeia. Nessa aldeia viviam pessoas pobres, porém uma família chamava a atenção. Eles viviam apenas de uma vaca - o que a vaca produzia de leite, eles consumiam uma parte e vendiam o resto. Não era muito o leite que vendiam, mas garantia-lhes o sustento.

Um dia, passaram por esta aldeia, dois andarilhos: um velho sábio e um jovem que o seguia.

Ao conhecer o lugar, o jovem se comoveu com a situação da pobre família que, realmente, era a mais pobre de todas.

O jovem perguntou ao sábio:

- Então, senhor, como faço para ajudá-los? Poderia sugerir para que trabalhassem na lavoura coletiva, ou que aprendessem a um ofício, poderia ensiná-los...

O sábio, então, respondeu:

-Quer ajudá-los? Mate a vaca.

-Mas como? É o único meio de sustento deles! -respondeu o jovem.

-Se quiser continuar a me seguir e conhecer o mundo, faça isso.

Então, muito contra a vontade, na calada da noite o jovem foi à casa da tal família e matou a vaca. No que voltou, o sábio ordenou que partissem.

Passaram-se meses e anos, e o jovem ainda tinha o remorso de ter matado a vaca daquela família em seu coração. De repente, em mais uma das andanças dos dois, o mesmo reconheceu o antigo vilarejo. Quis, logo de cara, procurar a família a quem acreditava ter feito tanto mal.

-Procure-os, vai ser bom pra você - disse o sábio.

O jovem saiu à procura da família. Foi à antiga fazenda. Descobriu que não mais moravam ali. Foi reunindo informações até que chegou a uma grande fazenda, lotada de pomares e plantações. A maior que já tinha visto. Chegou à porta da casa e logo reconheceu o velho senhor, pai da família.

-Com licença, mas eram vocês que moravam no vilarejo próximo daqui, que tinham uma vaquinha?

-Sim, éramos nós mesmos... Mas um dia a vaca morreu e...

-Eu preciso confessar - disse o rapaz - fui eu que...

-E foi a melhor coisa que nos aconteceu. Com a morte da vaca, tivemos que fazer outra coisa. Começamos a plantar. E a terra por aqui é boa, sabe? Então, plantando e vendendo, começamos a comprar mais terras, pra plantar e vender mais. Passaram-se os anos, hoje somos donos desta enorme fazenda... e de mais de metade das terras do vilarejo. Olhe por aqui... até onde pode ver chão, é tudo nosso!

-Er... era só pra saber, mesmo. Obrigado.


Moral da história: todos nós, em certo momento, temos uma "vaquinha" que nos prende, que nos faz sentir confortáveis. Mas às vezes, quando tudo já não é o bastante, temos é que matar a vaca mesmo e nos virar. Mudar.

sexta-feira, abril 01, 2005

diálogos

Um belo dia, no trabalho...

Barbosa: São as pequenas coisas que fazem a diferença.

Gaúcho: Será mesmo?

Barbosa: Sim, o bom é fazer o que você gosta. Imagina o pescador lá no meio do rio, velhinho, tomando aquele sol, com a rede o dia inteiro no barco... ele é feliz!

Eu: Ele gosta disso.

Barbosa: Isso... ele gosta, por isso se sente feliz.

Eu: Seria como matar a vaca [piada interna]. Muita gente não sabe o que gosta, mas se sabe o que não gosta já é um bom começo.

Barbosa: Mais ou menos... por exemplo, eu gosto de cerveja. Aí o pessoal fala: olha aquele cara bebendo, coitado... mas eu gosto, eu sou feliz assim!

Gaúcho: Verdade.

Eu: Disse tudo. Não precisa dizer mais nada.

Barbosa: O que a gente precisa é matar as nossas vacas [/piada interna].

a história das vacas vem em um próximo post.

quarta-feira, março 30, 2005

A vida é uma maravilha sim. Nós é que, muitas vezes, não sabemos aproveitá-la.

Todo mundo é livre pra escolher o que quer. Todo mundo. Eu, você, seu vizinho, quem quer que seja.

Basta saber quebrar as correntes na hora certa.

sexta-feira, março 11, 2005

quinta-feira, março 03, 2005

Às vezes eu tenho raiva de mim mesmo. Mas só às vezes, depois passa.

Algum diplomado poderia me explicar por que raios o às de às vezes se escreve com crase? Sim, eu assumo, eu faltei nessa aula.

segunda-feira, fevereiro 28, 2005

sinergia

Quando eu digo que gosto de música, é a música que me agrada. Não importam os rótulos. Claro que tem que ter qualidade. Tendo qualidade, não importa se é rock, MPB, pop, zouke ou polka soviética.

A música tem uma influência forte pra caralho em mim. Eu sou meio viciado, assumo. Quem me conhece melhor sabe que são raras as vezes em que estou com a TV ligada; geralmente estou curtindo meus queridos CDs ou minha coleção de mais de 4000 músicas em MP3.

E pra quem sabe o que é, a música que te deixa com os cabelos do braço arrepiados quando você a ouve, praticamente te deixa tresloucado quando você a toca. Sim, instrumentos musicais têm uma certa magia. Quem empunha uma guitarra, um violão, um contrabaixo ou um par de baquetas acaba se fundindo com seu instrumento, e acontece uma sinergia sem igual. Uma fusão. Os dois, músico e instrumento, se tornam um só. Apenas um.

Como neste fim de semana. Onde eu, desavisado, fui a um bar numa bela noite de sábado para domingo, e a banda que tocava deu uma deixa para quem quisesse tocar. Como eu e meus amigos estávamos bem na frente, não precisamos atropelar muita gente para subir no palco e empunhar os maravilhosos instrumentos. A noite tinha uma temática, a musicalidade rock and roll dos anos 60 e 70. Neste momento ocorreu a fusão. Transformamos-nos, não apenas eu e a guitarra, mas todos que estavam no palco e seus respectivos instrumentos, em uma pessoa só. Uma pessoa fazendo parte da história. Mesmo que fosse para pouca gente. Mesmo que fosse por meia hora. Mesmo que fosse um instante infinitesimal na imensidão do mundo. Desfilamos nosso repertório perdido em ensaios de garagem de anos atrás. E até que nos demos bem. Ressurgiram os Beatles, The Zombies, The Animals, até o ativo Deep Purple deu o ar da sua graça baixando o santo naquela múltipla pessoa ensandecida, entre suor, acordes e latas de cerveja. E a receptividade das pessoas que nunca tínhamos visto. O elemento-surpresa. Os gritos. As palmas. A energia emanava de cada uma daquelas pessoas que estavam lá embaixo, subindo o viés do palco e transfundindo com a nossa. Tornando-se uma só. Uma só pessoa. Uma só energia, um só coração compassado nas batidas quatro-por-dois, nas escalas do contrabaixo elétrico e nos acordes distorcidos da Les Paul Studio.

Bons momentos são poucos, são rápidos. Mas são intensos. E são esses bons momentos as únicas coisas que a gente acaba levando dessa vida, sei lá pra onde. Mas levamos.

E são essas coisas, pequenas mas maravilhosas, que me dão cada vez mais vontade de continuar vivo.

*sinergia - propriedade de certos elementos que, quando são unidos, resultar em um novo elemento com características melhores e maiores que a soma de suas características individuais.

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

saudosismo

Ontem foi aniversário de uma prima minha. Liguei pra ela pra dar parabéns e conversar um pouco. E isso nos fez lembrar uma história das antigas, que gostaria de compartilhar com vocês, meus leitores.
Quando eu era mais novinho, tinha a fama de ser boca-suja e briguento. Minha mãe conta que, quando aprendi a ler, saía na rua e lia em voz alta os palavrões pichados nos muros, pra todo mundo ouvir. Minha mãe ficava puta, mas meu pai dava risada. Talvez pela pseudo-aceitação de tal hábito pelo meu pai, eu me divertia falando palavrões e xingando os coleguinhas da classe. E minha mãe constantemente ia me buscar na diretoria da escola.Já o briguento, eu nem sei por quê. Mas eu vivia arrumando confusão com quem quer que fosse, desde jogo de bola até discussões em plena sala de aula. Talvez por gostar de ficar xingando os outros.

Naquela época, nossa casa era frequentada por amigos de meus pais, alguns parentes que só se vê em casamento e enterro e uns transeuntes. E por várias vezes eu ficava sob constante ameaça de ser trancado no quarto caso abrisse a boca ou ralhasse com alguém que nos visitasse. Principalmente quando nos visitava um casal de tios muito recatado; tios esses que são pais dessa minha prima. Essa minha tia era beata de igreja, o meu tio, obreiro da assistência social. Muito educados, mais ainda essa minha priminha que fez aniversário, que só usava vestidos de festa junina e ficava vermelha quando ouvia bad words. Uma vez mandei minha irmã pra puta que pariu na presença deles e minha mãe tacou um cinzeiro em mim.

Pois bem. Um belo dia foi aniversário dessa minha prima. Nove anos de idade, me lembro como se fosse 1990ontem. Tínhamos a mesma idade. Na casa dela, bolo, brigadeiro, enfeites de isopor, gêmeos vestidos iguais e tudo que uma festa infantil manda. Eu estourando as bexigas e querendo arranjar encrenca com meus primos, minha mãe me intima:

-Se fizer merda hoje vai apanhar que nem gente grande.

Tudo bem, mâmi. A festa transcorreu super bem até a hora do parabéns. Apagaram a luz, minha prima apagou as velinhas e todos bateram palmas. Um segundo de silêncio, ops, acho que queimou a lâmpada. Não acende.Um barulho.

-POF!

A luz, daquelas brancas tipo de hospital, demora a acender, mas acende.

Minha prima tava com a cara toda melada de chantilly. "Deram" com a cabeça dela no bolo, no meio da escuridão.
Ela olha pra mim e grita:


-Vai tomar no cu, seu filho da puta!

Nem deu tempo de fazer cara de santo, e nem de ver a cara de horror dos meus tios que achavam que sua filha era santa e iria oferecer a outra face. Só me preocupava em fugir dos meus pais. E acho que foi o dia em que mais corri na minha vida. E foi o dia em que meus tios decidiram não mais frequentar nossa casa por um bom tempo. E, também, foi o dia em que meus pais decidiram procurar uma psicóloga. Não pra eles, pra mim.

Há quinze anos atrás. Direto do túnel do tempo.

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

respostas à altura

Uns dias atrás, em São Paulo. Minha irmã, se arrumando. Eu, esperando na sala. Tínhamos que estar do outro lado da cidade às 16 horas e já eram 15:45.

eu, gritando: "É por isso que o Brasil não vai pra frente. Porque tem gente lerda demais que demora pra fazer as coisas."

minha irmã, replicando: "O Brasil não vai pra frente por causa das pessoas impacientes que não sabem esperar o progresso."

Fiquei sem resposta.